Por Ricardo Noblat
A campanha eleitoral no ano que vem trará instabilidade na economia, dizem analistas, que concordam com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, revela reportagem de Cássia Almeida e Patrícia Duarte publicada nesta segunda-feira no GLOBO.
Em entrevista ontem no GLOBO, Meirelles disse temer alguma tensão com a campanha eleitoral. Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), concorda. Ele afirma que o mercado está "excessivamente otimista", e que qualquer ponto fora da curva pode assustar:
- Em 2002, esperava-se que acontecesse o pior com a eleição do presidente Lula e o melhor aconteceu. Agora, o mercado só está preparado para o melhor. Qualquer comportamento pior que excelente pode trazer instabilidade - diz Lima.
- A Dilma não significa ruptura, mas deve aprofundar uma fraqueza do governo Lula que é o aumento do gasto público. Como o Banco Central deve continuar independente de fato, sem ajuste fiscal restaria a alta de juros para conter a inflação - afirma Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil.
Mas há quem não veja risco de instabilidade. O professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, não acredita que as eleições de 2010 possam afetar a economia brasileira.
Na sua opinião, ela já está suficientemente estruturada para bloquear mudanças profundas na condução da política econômica. Para ele, isso vale tanto para uma eventual vitória da ministra Dilma quanto para o governador Serra.
- O que pode gerar mais turbulência é o aquecimento forte da economia no ano que vem, que pode aumentar o consumo e, aí, os preços.
Fonte: Blog do NOBLAT
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