terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Desigualdade regional quase não mudou em 13 anos, diz Ipea

14/12/2010 - 12h00
Da Agência Brasil

Brasília - O crescimento da economia não conseguiu reduzir as desigualdades regionais do Brasil em 13 anos e as regiões Norte e Nordeste ainda estão bem atrás do restante do país na comparação de índices sociais e econômicos.

Comunicado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta terça-feira (14) mostra poucos avanços na redução das disparidades entre 1995 e 2008.

Os números mostram uma ligeira desconcentração da atividade econômica no Brasil, mas muito longe de ameaçar a composição estadual do Produto Interno Bruto (PIB) que o país tinha em 1995.

Região metropolitana de SP tem maior massa salarial do país e a de Recife, a menorEm 13 anos, a participação de São Paulo no PIB nacional caiu 4,2%, mas o Estado ainda é responsável por 33,1% da produção de renda nacional. No outro extremo, Acre e Amapá aparecem com 0,2% de participação no PIB, e Rondônia com 0,1% - quase nenhuma evolução entre 1995 e 2008.

De acordo com o relatório, “houve certa desconcentração da atividade econômica, mas ela foi incapaz de mudar substancialmente o perfil regional brasileiro".

Na análise da participação no PIB por regiões, as diferenças também se mantêm. O PIB per capita na Região Sudeste, que era 39% maior que a média nacional em 1998, teve pouca alteração e em 2008 ainda era 33% maior que no resto do país.

No Nordeste, o PIB per capita em 2008 estava 53% abaixo da média nacional, situação apenas cinco pontos percentuais melhor que em 1995.

“No ritmo do período examinado, o PIB per capita do Nordeste só chegaria à marca de 75% do valor nacional em 2074”, estima o Ipea.

A manutenção das desigualdades regionais se reflete principalmente na comparação de indicadores sociais. O Ipea cita, por exemplo, que a taxa de mortalidade infantil no Nordeste ainda é o dobro da registrada nos Estados da Região Sul e o acesso à educação também é desigual.

“No Nordeste, uma em cada seis crianças entre 7 e 14 anos não sabe ler e escrever. No Sul, apenas uma em cada 28 está nessa situação”, compara o texto.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sarney admite possibilidade de Congresso recriar CPMF

05/11/2010 - 13h49 / Atualizada 05/11/2010 - 14h29

Marcos Chagas
Da Agência Brasil
Em Brasília

A defesa de alguns governadores eleitos e do próprio presidente do PSB e governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, da volta da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) repercutiu no Senado. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse hoje (5) que apesar de a presidente eleita, Dilma Rousseff, ter dito que não pensa em qualquer proposta neste sentido nada impede que o Congresso tome a iniciativa.

"Isso não impede que aqui dentro das casas do Congresso tenha a iniciativa parlamentar restaurando a CPMF", disse Sarney. Ele acrescentou que a primeira alteração neste sentido já foi apresentada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

O líder do Democratas, Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), por sua vez, ponderou que com uma oposição numericamente mais fraca em 2011, os parlamentares terão que "jogar pesado" para evitar que a iniciativa prospere. "Vamos trabalhar para segurar", acrescentou o parlamentar. A criação da Contribuição Social de Serviços (CSS), que tramita na Câmara, nada mais é do que a recriação da CPMF, destacou o democrata.

“Todos sabemos – e a própria presidente eleita parece pensar o mesmo – [a necessidade] de uma reforma no sistema tributário nacional, que desonere a produção e prestação de bens e serviços e que fortaleça o pacto federativo. O Brasil não precisa de mais impostos”, ressaltou o líder do DEM.

O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), qualificou de "escabro e escárnio" qualquer tentativa dos governadores ou da presidente eleita de levar adiante a ideia. Com a mesma avaliação do colega do DEM, de a oposição trabalhar com um bloco bem mais reduzido – no Senado, o número de parlamentares contrário ao governo cai de 33 para 22 – Dias afirmou que esses partidos terão que se desdobrar para conseguir uma dissidência na base governista que impeça o andamento da matéria.

domingo, 31 de outubro de 2010

Os gargalos que enfrentará o governo Dilma

O novo governo do país terá de enfrentar problemas como valorização excessiva do real, falhas na saúde, no acesso à tecnologia e na infraestrutura aeroportuária num período de realização da Copa do Mundo e preparação das Olimpíadas.


O UOL ouviu especialistas de diferentes áreas para apontar problemas e possíveis soluções nessas diferentes aéreas. Veja a seguir um resumo do que foi dito.

Economia
O próximo governo terá um grande nó econômico para desatar. É o gargalo em torno dos aeroportos brasileiros. Além disso, há as questões da guerra cambial e dos gastos públicos. Para o especialista em aviação, Gilson de Lima, professor da Faculdade de Economia e Admininstração da USP (FEA/USP), o problema no transporte aéreo é grave. "São Paulo precisa de um terceiro aeroporto.".

Executivos do mercado financeiro também levantam uma série de dificuldades. A queda do dólar é um ponto que preocupa.O aumento da dívida pública também foi apontado como um gargalo.

Saúde
O gasto público em saúde no Brasil atualmente equivale a cerca de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto), sendo que para garantir a universalidade do SUS (Sistema Único de Saúde) seriam necessários ao menos 6%. Conseguir mais recursos para o sistema e definir prioridades de investimento serão o maior desafio do próximo governo no setor, afirmam especialistas ouvidos pelo UOL Ciência e Saúde.

Tecnologia
Um estudo divulgado em encontro de telecomunicações e tecnologia Futurecom, em São Paulo, indica que o atual cenário da banda larga móvel no Brasil não conseguiria atender à demanda de um evento como a Copa do Mundo de 2014. Outra pesquisa, esta uma parceria da Cisco com a universidade de Oxford, afirma que a qualidade de conexão da internet brasileira ainda está abaixo da média. Assim, na área de tecnologia, o próximo governo terá como desafio colocar o país no cenário das nações que oferecem serviços de qualidade para seus internautas, além de aumentar a quantidade de pessoas conectadas.

Esporte
Com Copa do Mundo e Jogos Olímpicos na agenda dos próximos anos, o futuro governo terá de superar desafios em educação, alto rendimento e infraestrutura. Essas três esferas são fundamentais para abrigar megacompetições como as previstas para o país em 2014 (Copa) e 2016 (Olimpíadas). Outro aspecto importante é o combate à corrupção. O mandato presidencial vai até o ano da Copa do Mundo, mas será preciso deixar o projeto para as Olimpíadas bem encaminhado para o próximo mandato.
Fonte: Uol

Dilma é eleita primeira mulher presidente do Brasil

31/10/2010 - 20h07
Carlos Bencke e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Após quatro meses de uma campanha em que temas morais e religiosos ofuscaram propostas concretas sobre temas importantes à nação, Dilma Rousseff é eleita a primeira presidente da história brasileira. A candidata petista derrotou o tucano José Serra em um segundo turno em que a abstenção superou os 20 milhões de eleitores.

Com mais de 95% dos votos apurados, a sucessora de Luiz Inácio Lula da Silva não vai alcançar a votação de 2006 do atual presidente. Naquele ano, Lula obteve mais de 58 milhões de votos, e Dilma soma até o momento cerce de 53 milhões.Dilma confirmou a força do PT no Nordeste, vencendo em todos os Estados da região, em alguns deles com votação superior a 70% dos votos válidos como Maranhão e Pernambuco. A presidente eleita também teve uma vitória importante em Minas Gerais, reduto do PSDB que elegeu o tucano Antônio Anastasia em primeiro turno.

Trajetória
Quatro segundos. Nenhuma palavra. Uma mesa distante da do chefe. Essa foi a participação de Dilma Rousseff na primeira propaganda eleitoral do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Oito anos depois, ungida por seu mentor para sucedê-lo, a ex-ministra, na primeira disputa eleitoral de sua vida, transcendeu a fama de gestora sisuda para se tornar a primeira presidente da história brasileira.

Sem programa, um de seus desafios será provar que não é apenas uma sombra de Lula, dizem analistas. Além da confiança do presidente, o grande trunfo da petista foi a política de alianças adotada pelo PT e pelo próprio presidente para elegê-la. Graças ao apoio formal de PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTC e PTN, a campanha de Dilma ganhou força com o início do horário eleitoral obrigatório. Com isso, a candidata ganhou personalidade.
Ficou por pouco o triunfo já no 1º turno, depois de uma onda de rumores e outra de denúncias envolvendo seus aliados. Para vencer na votação de 31 de outubro, a ex-ministra-chefe da Casa Civil teve de renovar seu pragmatismo assinando compromissos com religiosos, iniciar campanha negativa contra o rival José Serra (PSDB) e trocar a gagueira que a abatia nos idos de abril, na pré-campanha, por aquilo que chamou de “assertividade”, mas que foi considerado agressividade pelos adversários.

No caminho para ser hoje a presidente eleita do Brasil, Dilma sofreu para ganhar trânsito com políticos em geral e com eleitores mais animados em ver seu mentor do que a ela própria.

Precisou de dois Josés Eduardos para guiá-la: Dutra, presidente do PT, e Cardozo, secretário-geral do partido. Obediente e pragmática, atendeu prontamente aos conselhos do marqueteiro João Santana. Adotou novo visual.

A presidente eleita forjada na campanha é diferente da especialista em energia que, com seu temperamento forte, foi alçada ao primeiro time do governo após o escândalo do mensalão, em 2005.
Neste ano, tentou aliviar a imagem da mulher que passava descomposturas em colegas ministros. “Sou uma mulher dura cercada de homens meigos”, costuma dizer, em tom de ironia. Buscou evitar confrontos, mas às vezes partiu para o ataque, principalmente em momentos-chave do segundo turno.
Filiada ao PT há menos de uma década, a ex-pedetista Dilma conquistou seu primeiro cargo público pelo voto. No fim dos anos 80, ninguém pensava que a secretária de Finanças de Porto Alegre iria tão longe.

O mesmo se passou com quem a visse na mesma pasta do governo gaúcho, anos depois. Agora ela terá quatro anos para provar se é capaz de atuar como protagonista, e não como uma mera coadjuvante.

Sem programa
Dilma não precisou de uma Carta ao Povo Brasileiro –nos moldes da divulgada por Lula antes da campanha de 2002, indicando que não faria mudanças radicais na economia.

Mas, no segundo turno, comprometeu-se com questões religiosas. Após uma campanha contra ela em igrejas católicas e templos evangélicos, prometeu não enviar ao Congresso projetos que interfiram nesses assuntos. Assim, estancou a polêmica sobre sua posição a respeito da liberação do aborto.

“Em uma campanha com candidatos tão parecidos, essa carta foi um momento importante porque evitou maior acirramento e colocou as coisas no lugar”, disse ao UOL Eleições o cientista político Luciano Dias, do Ibep (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos).

“A Dilma neobeata foi mais um sinal de pragmatismo. É um sinal de que a governabilidade será tão ou mais importante do que foi para Lula, já que ela não tem o mesmo estofo”, afirma Dias.

A presidente eleita insistiu tanto na defesa de avanços recentes que nem sequer apresentou plano de governo. “Sabemos o que acontecerá na parte econômica? Não. Sabemos se haverá reformas? Não. O que sabemos é que Dilma terá a sombra de Lula do começo ao fim de seu governo”, afirma Cláudio Couto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). "O sinal dado por sua campanha é de que as coisas vão continuar mais ou menos como estão.”

Ainda assim, com tantas dúvidas sobre o que virá, não houve solavancos no mercado financeiro. Está subentendido que serão mais quatro anos de autonomia não-formal do Banco Central, de câmbio flutuante, de investimento em infraestrutura e de medidas macroeconômicas em fatias, raramente em forma de pacotes. “A conversão do PT já está feita. Lula vai sair carregado nos braços, e o mercado já não liga”, afirma Dias.

A volúpia do PMDB e de aliados à esquerda, como PSB e PCdoB, mais poderosos depois das eleições 2010, também acende dúvidas sobre se a presidente eleita será capaz de acomodar tantos aliados de primeira hora em seu governo.

Adversários acusam e aliados reconhecem: Dilma não terá a mesma capacidade de articulação exercida por Lula. “E seria diferente se Serra vencesse?”, pergunta Couto.

Sem teflon
Na campanha, a presidente eleita mostrou que aprendeu mais uma lição de seu maior defensor: deixar pelo caminho aliados que se envolvam em práticas suspeitas.

Na reta final das eleições, Dilma sofreu ataques dos adversários por conta de sua ex-braço direito na Casa Civil, Erenice Guerra, demitida do ministério depois que seu filho se envolveu com lobistas. Lula fez o mesmo com José Dirceu e Antonio Palocci.

“Não vou aceitar que se julgue a minha pessoa com base no que aconteceu com um filho de uma ex-assessora”, disse Dilma. As pesquisas citaram o caso Erenice como principal fator para a disputa do segundo turno.

“A popularidade do Lula é resultado de décadas. A maior parte da popularidade de Dilma não vem dela mesma”, afirma Dias, do Ibep. “Até pela folgada maioria no Congresso, ela será mais observada pela mídia.”

Alguns dizem que Dilma esquentará o principal assento do Palácio do Planalto para que Lula retorne em 2014. Outros preferem vê-la como uma mulher forte, que sobreviveu à prisão e ao câncer para golpear um cenário político repleto de caras antigas. Uns tantos a consideram uma burocrata que terá dificuldades para conduzir o país por falta de ginga com os políticos de Brasília.

Com uma trajetória que só começou a ser conhecida há poucos meses, talvez o Brasil precise de quatro anos para saber a resposta.

Faltam referências –e plano de governo divulgado– para definir-se o que Dilma buscará de diferente em relação a Lula. Se é que fará isso. O dado concreto –como a própria gosta de dizer– é que ela ascendeu de figurante em 2002 a estrela em 2010.

sábado, 30 de outubro de 2010

Candidata do PT vence com 56%, diz Ibope

30/10/2010 - 20h33

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Ibope: Dilma tem 52% das intenções de voto e Serra, 40%
A um dia da eleição, a última pesquisa Ibope das eleições presidenciais deste ano, divulgada neste sábado (30), mostra a candidata do PT à Presidência Dilma Rousseff liderando a disputa com 52% das intenções de votos. O tucano José Serra, adversário da petista, atingiu 40%.
Votos brancos e nulos somam 5%, indecisos são 3%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

No último levantamento do instituto, realizado entre os dias 25 e 28 de outubro, a petista obteve 52% das intenções de voto, contra 39% de Serra.

Considerando apenas os votos válidos, excluindo votos brancos, nulos e de indecisos, Dilma vai a 56% contra 44% de Serra. No último levantamento do Ibope, a petista aparecia com 57% contra 43% do ex-governador de São Paulo.

Dos entrevistados, 86% afirmaram que seu voto é definitivo e 11% admitiram que ainda podem mudar o voto.

A pesquisa foi realizada no dia 30 de outubro com 3.010 eleitores, em 203 municípios de todo o País, e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 37.917/2010.

Neste sábado, pesquisa CNT/Sensus também apontou a petista na liderança da disputa presidencial com 50,3% dos votos totais ante 37,6% de Serra. Nos votos válidos, Dilma tem 57,2% e Serra, 42,8%. No levantamento do Vox Populi, divulgado também neste sábado, a petista obteve 57% contra 43% de Serra.

CNT/Sensus: Dilma 57,2%, Serra 42,8% dos votos válidos

Do G1

Pesquisa do instituto Sensus divulgada neste sábado (30) pelo site da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra Dilma Rousseff (PT) com 57,2% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 42,8%.

Para se chegar aos votos válidos, são excluídos os eleitores que dizem votar em branco ou nulo e os indecisos.

O levantamento foi realizado nos dias 28 e 29 de outubro e ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o de número 37.919/2010.

A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Votos totais

Em votos totais (que incluem os brancos, nulos e os indecisos), Dilma tem 50,3% e Serra 37,6%. Os eleitores que disseram votar branco ou nulo são 4,1% e os que não souberam ou não responderam, 7,9%.

No levantamento anterior, divulgado na última quarta (27), Dilma aparecia com 58,6% dos votos válidos e Serra com 41,4%. Em votos totais, a petista tinha 51,9% e o tucano 36,7%.

A pesquisa divulgada neste sábado trouxe também índices de rejeição. Foram 41,7% os eleitores que disseram que não votariam em Serra e 34,1% os que disseram não votar em Dilma.

Em relação à expectativa de vitória, 67,8% dos entrevistados disseram acreditar que a petista ganhará a eleição. Para 23,3%, o vencedor será o tucano.

Dilma tem 56% dos votos válidos, e Serra, 44%, aponta o Datafolha

29/10/2010 02h04 - Atualizado em 29/10/2010 10h28
Do G1, em São Paulo

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (29) pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostra Dilma Rousseff (PT) com 56% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 44% na disputa do segundo turno pela Presidência da República.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, Dilma pode ter entre 54% e 58%, e Serra, entre 42% e 46%. O critério de votos válidos exclui as intenções de voto em branco e nulo e os indecisos.

Na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada no último dia 26, Dilma também aparecia com 56% dos votos válidos e Serra com os mesmos 44%.

O Datafolha entrevistou 4.205 eleitores na quinta-feira (28). A pesquisa foi encomendada ao instituto pelo jornal "Folha de S. Paulo". Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de protocolo 37721/2010.

Votos totais
Pelo critério de votos totais (que incluem no cálculo brancos, nulos e indecisos), Dilma Rousseff soma 50% das intenções de voto, e José Serra, 40%. As intenções de voto em branco ou nulo acumulam 5%, segundo o Datafolha. Os eleitores indecisos são 4%.

Nos votos totais da pesquisa anterior do Datafolha, do último dia 26, Dilma tinha 49%, e Serra, 38%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 8%.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Governo anuncia maior poço de petróleo do pré-sal

Da Redação, em São Paulo - 29/10/2010 - 14h22

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) divulgou nesta sexta-feira que o volume de óleo nas reservas no campo de Libra, na área da camada do pré-sal da bacia de Santos, está estimado em até 15 bilhões de barris.

Com o anúncio, Libra passa a ser o maior reservatório do pré-sal, ultrapassando as reservas de Tupi (entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris).

O anúncio da reserva confirmou a estimativa feita pela consultoria internacional da Gaffney, Cline & Associates a pedido da ANP, que indicou potencial entre 7,9 bilhões e 16 bilhões de barris.
A megarreserva de Libra deverá ser a primeira do pré-sal a ser leiloada pela ANP, mas ainda não há uma data para isso ocorrer.

Segundo reportagem publicada em setembro pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o governo pretende leiloar as primeiras áreas da camada pré-sal, sob o novo modelo de partilha, já na primeira metade de 2011.

Ainda de acordo com o jornal, está praticamente definido que a área de Libra será ofertada.

Tupi

Ontem (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou a primeira estrutura definitiva de produção comercial na área do pré-sal. Foi no campo de Tupi, que tem capacidade de produzir até 100 mil barris/dia.

A produção da nova plataforma, porém, será de 14 mil barris/dia até o fim do ano. Só em 2012 a capacidade total deve ser atingida.

Mais reservas?

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse na quinta-feira (28) que um suposto anúncio esperado pelo mercado com relação a uma nova reserva de petróleo da estatal não passa de especulação, e que divulgações sobre o assunto só são feitas quando a empresa tem informações "precisas".

"Não sabemos disso", declarou ele ao ser questionado sobre uma eventual nova mega reserva, que teria 68 bilhões de barris de óleo equivalente, segundo informações que circularam no mercado.

"O mercado está muito líquido em ações da Petrobras, o que pode estimular" as especulações, declarou ele a jornalistas. "Queremos dar informações corretas e precisas quando tivermos as informações."

Pré-sal

O pré-sal é uma camada de petróleo e gás localizada a profundidades que superam os 7 quilômetros, abaixo de uma extensa camada de sal. A faixa do pré-sal se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).
Fonte: Uol Economia - Notícias

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ibope aponta empate técnico para o governo de Goiás

Do G1, em São Paulo

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (27) aponta empate técnico entre os candidatos ao governo de Goiás Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB).

Considerando os votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos), Perillo registra 51% e Rezende, 49%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento, encomendado pela TV Anhaguera, afiliada da Rede Globo, foi realizado com 1.204 pessoas em 55 municípios entre os dias 24 e 26 de outubro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás sob o número 53868/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 37516/2010.

Considerando os votos totais, Marconi Perillo aparece com 46% e Iris Rezende, com 45%. Indecisos somam 5% e brancos e nulos, 4%.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dilma recebe apoio de parlamentares do PV e promete cumprir metas de redução de desmatamento

Dilma Rousseff (PT) em ato público em defesa do meio ambiente nesta quarta, em Brasília

O ato público em defesa do meio ambiente do qual participou hoje (20) a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, serviu para demonstrar o apoio de deputado federais, estaduais e de dirigentes do Partido Verde à petista neste segundo turno das eleições. Entre eles está o ex-coordenador da campanha de Marina Silva, no primeiro turno, Pedro Ivo. Também aderiram à campanha de Dilma, eleitores emblemáticos da senadora, como Ângela Mendes, filha do ambientalista Chico Mendes.

Dilma reafirmou compromissos na área ambiental, como o acordo assumido pelo Brasil na COP 15 em Copenhague de redução da emissão de gases de efeito estufa, entre 36,1% e 39,9% até 2020, além de diminuir o desmatamento na Amazônia. “Nossa posição na COP 15 foi das mais avançadas. Não olhamos para os outros países para decidir o que fazer. Assumimos uma posição baseada na expectativa do nosso povo.”

Dilma teve o discurso interrompido por manifestantes do Greenpeace que abriram uma faixa para reivindicar desmatamento zero na Amazônia. Ela ressaltou, porém, que não faz acordo apenas para ganhar eleição. “O que nós acordamos em Copenhague eu vou cumprir, que foi a redução no desmatamento de 80% na Floresta Amazônica”, disse. Ela ressaltou que não vai ter tolerância com desmatadores.

Em conversa com jornalistas depois do discurso, Dilma classificou de demagógica a ação do Greenpeace. Ela disse que recebeu uma carta de reivindicações do grupo que pedia o fim do desmatamento na Amazônia. Entretanto o documento não estabelecia prazos e nem sugestões de como alcançar a meta. “Isso eu não assumo. É demagógico”, ressaltou.

O ato serviu também para marcar o apoio de cerca de 50 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo à campanha de Dilma.

As organizações – entre elas a Cáritas Brasileiras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – entregaram à Dilma uma carta com dez pontos em que pedem o apoio e o estímulo à agricultura familiar, além da priorização da reforma agrária. As entidades reivindicam também a elaboração, com a participação dos movimentos do campo, do Terceiro Plano Nacional de Reforma Agrária com o objetivo de assentar as famílias sem terra que já vivem em assentamentos.

No programa de governo de Dilma constam treze compromissos na área ambiental. Entre eles estão o avanço do crescimento econômico com sustentabilidade ambiental, inclusive com a baixa emissão gás carbônico (CO2) e com foco na Amazônia.

Por Marcos Chagas
Da Agência Brasil
Em Brasília

domingo, 17 de outubro de 2010

Marina e PV declaram “independência” no segundo turno

Bem que José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) tentaram, mas a posição de Marina Silva e do PV divulgada hoje, de “independência” no segundo turno, era a mais esperada. Além de ser a mais correta do ponto de vista da coerência, é a que melhor do ponto de vista político para capitalizar o resultado expressivo, de 20% dos votos válidos, que Marina alcançou nas urnas.

Há ainda um outro ponto: Marina, pessoalmente, tendia a um apoio a Dilma e ao PT, partido que pertenceu durante a maior parte da sua vida política, enquanto a direção do PV caminhava no sentido de uma aliança com Serra, com quem já teria, inclusive, negociado cargos num eventual futuro governo. A solução de independência acabou sendo a forma de manter o partido unido.

Fonte: www.blogdocampbell.com.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PSOL opta por "nenhum voto a Serra" e "voto crítico em Dilma"; Plínio anuncia voto nulo

Do UOL Eleições
Em São Paulo
, 15/10/2010 - 15h11

O PSOL decidiu na tarde desta sexta-feira (15), em reunião com a Executiva Nacional, a sua posição no segundo turno das eleições presidenciais. Ao final do encontro, ficou decidido que o partido não dará nenhum voto a José Serra (PSDB) e que os filiados estão liberados para declarar o voto crítico em Dilma Rousseff (PT) ou voto nulo.

No documento divulgado após a reunião, o partido diz considerar o candidato tucano “o retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no País”, e reitera as críticas à candidatura da petista alegando que sua campanha “se recusou sistematicamente ao longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as bandeiras defendidas pela candidatura do PSOL e manteve compromissos com os banqueiros e as políticas neoliberais”.

O partido reiterou ainda que, independente de qual for o próximo governo, será “oposição de esquerda e programática”. Já o ex-candidato da legenda à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, quarto colocado na disputa presidencial com 0,87% dos votos, anunciou voto nulo.

No próximo domingo (17), é a vez do PV e da candidata derrotada Marina Silva (PV) anunciarem a sua posição oficial em relação às candidaturas de Serra e Dilma no segundo turno.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ibope: Dilma tem 49% e Serra registra 43%

13/10/2010 - 20h34

Do UOL Eleições
Em São Paulo


A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, mantém a dianteira no segundo turno com 49% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope divulgada na noite desta quarta-feira (13). Seu rival, o tucano José Serra, registrou 43%.

Votos em branco e nulo somaram 5%, enquanto 3% do eleitorado se mostrou indeciso, diz o Ibope. Se forem considerados apenas os votos válidos, a petista venceria com a preferência de 53% do eleitorado, contra 47% do candidato do PSDB.

Trata-se do primeiro levantamento feito pelo instituto para medir a preferência do eleitorado nesta etapa das eleições.

Encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo", a sondagem tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistadas 3.010pessoas de segunda (11) a quarta-feira (13).

Vox Populi: Dilma tem 48% e Serra soma 40%

13/10/2010 - 18h38

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A primeira pesquisa Vox Populi para o segundo turno das eleições presidenciais, divulgada nesta quarta-feira (13), aponta liderança da candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, com 48% dos votos, ficando à frente do rival José Serra (PSDB), com 40%, caso a votação fosse hoje. O pleito será em 31 de outubro.

Na sondagem contratada pelo portal iG, brancos e nulos somaram 6% e os indecisos, também. Levando-se em conta apenas votos válidos, desconsiderando-se brancos e nulos, o resultado final apontaria Dilma com 54,5% e Serra com 45,4% do eleitorado.

O instituto entrevistou três mil pessoas de 10 a 11 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual. Os números do Vox Populi são semelhantes ao da pesquisa Datafolha divulgada no sábado (09), na véspera do primeiro debate entre os presidenciáveis: ali a petista tinha 48% e Serra, 41% dos votos.

Além da corrida presidencial, o instituto apurou a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação ao mandatário é de 78%. Para 17% dos entrevistados, o desempenho dele é regular e 4% o reprovam.

Lula e Dilma se reúnem com evangélicos em Brasília

Por TÂNIA MONTEIRO,
estadao.com.br, 13/10/2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, se reuniram hoje por cerca de uma hora com líderes evangélicos e parlamentares da bancada evangélica. Mais de 60 pessoas participaram do encontro, que foi realizado a portas fechadas em um hotel de Brasília.

O objetivo foi confirmar o 'compromisso de fé' da candidata do governo com a liberdade religiosa e garantir que não encaminhará ao Congresso Nacional a proposta de legalização do aborto. Ao final do encontro foram gravadas algumas mensagens de apoio dos evangélicos à candidata. Lula entrou e saiu pela garagem do prédio, sem falar com a imprensa. Ele e Dilma se encontrarão mais tarde em Teresina (PI), durante comício.

sábado, 25 de setembro de 2010

TSE vai continuar a julgar 'fichas-sujas'

25/09/2010 - 09h31

FELIPE SELIGMAN
LARISSA GUIMARÃES

DE BRASÍLIA

Mesmo com o impasse no Supremo Tribunal Federal sobre a validade da Ficha Limpa, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, disse que a lei "está a todo vapor" e que continuará decidindo os casos na Justiça Eleitoral.

A indefinição no STF afeta diretamente o julgamento de pelo menos 171 casos de políticos na mira do Ficha Limpa que atualmente estão com recursos no TSE. Lewandowski diz que o tribunal não vai parar de julgar esses casos por conta do impasse.

"O empate no Supremo Tribunal Federal significa que a lei não perdeu sua validade. Pelo contrário ela está vigente e a todo vapor", disse Lewandowski à Folha.

Na prática, porém, as decisões da Justiça Eleitoral não terão efeito até que o Supremo resolva a questão.

Mesmo que o TSE declare que todos esses 171 políticos questionados têm as fichas sujas e não podem se candidatar, eles poderão recorrer ao Supremo, garantindo a participação nas eleições.

Fonte: Folha.com

sábado, 28 de agosto de 2010

Dilma tem 51% e Serra 27%, aponta pesquisa Ibope

28/08/2010

A candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) abriu 24 pontos de vantagem sobre o candidato José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope divulgada na manhã deste sábado, 28. A petista aparece com 51% das intenções de voto contra 27% do adversário tucano.

A candidata Marina Silva (PV) permanece em terceiro, com 7%. No levantamento anterior do Ibope, Dilma obteve 43%, Serra, 32%, e Marina, 8%.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo.
Plínio de Arruda Sampaio (PSol), Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) não alcançaram 1% das intenções de voto.

Em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, o Ibope aponta que a petista teria 55% e Serra, 32%. Na pesquisa anterior, as taxas de Dilma e Serra eram de 48% e 37%, respectivamente.

Fonte: O Povo

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ibope: Cid tem 49% e Lúcio, 24%

03/08/2010
Giselle Dutra
Hébely Rebouças
Candidato à reeleição, Cid Gomes venceria no primeiro turno em cenário atual, segundo o Ibope. Lúcio aparece em segundo lugar

A primeira pesquisa Ibope sobre a disputa pelo Governo do Estado após a definição dos candidatos, divulgada ontem, mostra que, se as eleições fossem hoje, o governador Cid Gomes (PSB) seria reeleito já no primeiro turno. Encomendada pela TV Verdes Mares, a pesquisa mostra Cid com 49% das intenções de voto em consulta estimulada.

Para vencer no primeiro turno, um candidato deve ter mais votos que a soma dos adversários - mais da metade dos votos válidos. Com isso, descartados brancos, nulos e indecisos, Cid fica com 57% dos votos válidos.

Candidato do PR, o ex-governador Lúcio Alcântara obteve 24% das intenções de voto. Já o tucano Marcos Cals apareceu com 9%.

Os candidatos Marcelo Silva (PV), Soraya Tupinambá (Psol) e Francisco Gonzaga (PSTU) apareceram com 1% cada. Já Maria da Natividade (PCB) não pontuou.

Brancos e nulos somam 5%, enquanto 9% dos eleitores ouvidos se disseram indecisos. A pesquisa ouviu 1.204 eleitores nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A consulta foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 21326/2010.

ComemoraçõesDurante reunião com centrais sindicais no Ponta Mar Hotel, Cid comemorou ao ler o resultado da pesquisa para os presentes ao encontro. “Dá primeiro turno”, vibrou. Mas logo puxou o freio na animação. “Calma, isso é só uma pesquisa”, ponderou.

Em evento com apoiadores no município de Caucaia, Cals apostou em avanço nos indicadores. “Nossa campanha tem obtido importantes apoios em todas as regiões do Estado, e na medida em que tenho ido às localidades, aos mais distantes lugares, sinto a receptividade da população à nossa mensagem. Os números refletem o momento”, disse.

Lúcio disse receber com "tranquilidade" os números do Ibope. "O resultado retrata apenas este início de campanha, na qual já me considero vitorioso por evitar uma candidatura única", afirmou.

E-Mais

Os dados do Ibope de ontem aproximam-se dos apresentados pela pesquisa O POVO/Datafolha - divulgada no dia 19. A primeira pesquisa após a definição dos candidatos mostrou, na ocasião, Cid Gomes (PSB) com 47% e Lúcio Alcântara (PR) com 26%, enquanto Marcos Cals (PSDB) surgiu com 7%.

Fonte: O Povo

sábado, 3 de julho de 2010

TRE: prazo para registro de candidatos vai até segunda

03 de Julho de 2010 Por: Agencia Estado - AE
A Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou que funcionará em regime de plantão neste final de semana - entre 12 horas e 19 horas - para o recebimento de pedidos de registro de candidaturas dos partidos e coligações. Segundo informações do TRE, o Núcleo de Atendimento aos Partidos Políticos (NAPP), criado para solucionar dúvidas quanto ao registro de candidatos e prestação de contas, funcionará entre 9 horas e 19 horas. A partir da próxima segunda-feira e até o término das eleições, o TRE abrirá aos sábados, domingos e feriados em regime de plantão.

Na próxima segunda-feira, termina o prazo para que os partidos e coligações apresentem no TRE o pedido de registro de seus candidatos. Se a convenção não indicou o número máximo de candidatos previsto na legislação, os órgãos de direção dos partidos políticos poderão preencher as vagas remanescentes até 4 de agosto. O próprio candidato poderá solicitar o seu registro nos casos em que o partido se omitir, desde que o mesmo tenha sido escolhido em convenção. Nesse caso, o prazo é de 48 horas após a publicação do edital pelo TRE com a lista de candidatos do respectivo partido/coligação.

De acordo com o TRE, os pedidos de registro serão conferidos e processados a partir de segunda-feira, sendo que a divulgação será feita gradualmente, considerando os trabalhos que precedem a disponibilização dos dados. As primeiras listas devem ser publicadas, de acordo com previsão do Tribunal, por volta do dia 12 de julho. Todas as informações sobre os candidatos às eleições 2010 estarão nos sites do TRE-SP e do TSE. No site, os interessados poderão conhecer as declarações de bens, limite de gastos para as campanhas, certidões e dados pessoais dos candidatos, entre outras informações.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

TSE decide que Ficha Limpa também barra candidatos condenados antes da lei

17/06/2010 - 21h36
Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) votou na noite desta quinta-feira (17) a validade da Lei 135/2010, conhecida como Ficha Limpa, para processos iniciados antes de sua vigência. Seis ministros votaram a favor e um contra. O ministro Marco Aurélio Mello foi o voto contrário.
O relator da consulta, ministro Arnaldo Versiani, baseou seu voto pela retroatividade da lei considerando que a elegibilidade não é um direito adquirido. “Sim, a lei se aplica aos processos iniciados e mesmo já encerrados. Não há direito adquirido de elegibilidade, sendo aferidas a cada eleição, que deve ocorrer na data do pedido de candidatura”, disse.

O ministro Marcelo Ribeiro fez ressalvas em casos já julgados e que poderiam ter a pena de inelegibilidade ampliada de três para oito anos com a nova lei. Segundo ele, nesses casos não é possível aplicar a Ficha Limpa. A discussão desta dúvida não foi detalhada pela corte e caberá aos juízes decidirem caso a caso este ponto.

A corte inverteu a pauta da semana para responder primeiro a consulta do deputado federal Ilderlei Cordeiro (PPS), considerada de maior interesse público.O questionamento do parlamentar é formado por seis perguntas e pede ao tribunal que se posicione sobre as brechas do texto que poderiam gerar divergências entre tribunais regionais.
Os assuntos abordados na consulta são a abrangência e retroatividade das ações, ou seja, se a lei vale para processos em tramitação e os já julgados. De acordo com a nova lei, ficam inelegíveis por oito anos, além do período remanescente do mandato, aqueles que cometeram lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito.

A polêmica gerada pela mudança no tempo verbal no texto feita no Senado Federal foi minimizada pelo relator e teve o apoio da ministra Cármem Lucia: "Considero irrelevante saber o tempo verbal aplicado pelo legislador complementar. Pouco importa o tempo verbal. As novas disposições atingirão a todos que, no momento do registro da candidatura, incidirem em alguma causa de inelegibilidade", avaliou Versiani.

A corte eleitoral é composta por sete integrantes: três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados escolhidos pelo STF e nomeados pelo presidente da República.
Histórico
O Ficha Limpa é uma proposta de iniciativa popular, apresentada à Câmara dos Deputados em setembro do ano passado, com mais de 1,6 milhão de assinaturas. A ação popular contou com apoio de várias entidades da sociedade civil, mobilizadas pelo MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral).

terça-feira, 15 de junho de 2010

Lula aprova aumento de 7,7% para aposentados

15 de junho de 2010 12:34
Decisão tem um impacto fiscal de R$ 1,6 bilhão, que será compensado com corte de despesas da mesma magnitude no Orçamento deste ano

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou há pouco que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu aprovar o aumento de 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, aprovado pelo Congresso. Mantega informou também que o presidente decidiu vetar o fim do fator previdenciário (mecanismo que inibe aposentarias precoces), também aprovado pelo Congresso. Segundo o ministro, a decisão de sancionar o reajuste dos aposentados tem um impacto fiscal de R$ 1,6 bilhão, que será compensado com corte de despesas da mesma magnitude no Orçamento neste ano.

Mantega afirmou que o governo tem o compromisso de cumprir a meta de superávit primário do setor público de 3,3% do PIB em 2010. De acordo com o ministro, os cortes a serem feitos no orçamento não atingirão os investimentos públicos.

"Todos devem dar sua contribuição. O governo está dando sua contribuição no custeio e o Congresso com as emendas. Se o Congresso fez uma opção, também tem de se responsabilizar por ela", afirmou o ministro, ressaltando que os cortes representarão um "sacrifício" do governo, que já anunciou duas reduções de despesas neste ano.

O ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, afirmou que o pagamento do novo benefício aos aposentados será retroativo a janeiro e ocorrerá neste mês ou em julho. Mas Mantega ressaltou que a forma de pagamento ainda não definida.

O governo informou que irá cortar as emendas de parlamentares e outras despesas de custeio para bancar o custo adicional do aumento. Mantega rejeita a análise de que a sanção do aumento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja uma derrota da equipe econômica. Mantega insistiu que o importante é a preservação da meta do superávit primário em 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. "A meta fiscal está garantida", afirmou.
Por Fábio Graner e Renata Veríssimo, da Agência Estado.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ficha Limpa já vale para esta eleição, decide TSE

10/06/2010 - 21h26
Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
Por 6 votos a 1, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu na noite desta quinta-feira (10) que o projeto que impede a candidatura de políticos com condenações na Justiça, conhecido como Ficha Limpa, terá validade já nas eleições de outubro deste ano. O único voto contrário foi do ministro Marco Aurélio Mello.
O relator do caso, o ministro Hamilton Carvalhido, avaliou que a lei complementar não altera o processo eleitoral. Caso alterasse, ela deveria, obrigatoriamente, ter sido feita um ano antes do pleito.

A nova lei ficou publicamente conhecida como Lei da Ficha Limpa por prever que candidatos que tiverem condenação criminal por órgão colegiado, ainda que caiba recurso, ficarão impedidos de obter o registro de candidatura, pois serão considerados inelegíveis.

A pauta da corte foi invertida para responder à consulta, feita pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), sobre se a lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República em 4 de junho já poderia entrar em vigor neste ano.
De acordo com a nova lei, ficam inelegíveis por oito anos, além do período remanescente do mandato, aqueles que cometeram lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. Antes, eram três anos. A norma alterou a Lei de Inelegibilidades.

Da proposta original, o texto foi flexibilizado na Câmara pelo relator, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que permitiu que o político condenado possa recorrer para tentar suspender a inelegibilidade e participar das eleições. O efeito suspensivo precisaria ser aprovado por um colegiado de juízes.

A corte eleitoral é composta por três ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois advogados escolhidos pelo STF e nomeados pelo presidente da República.

Histórico

O “ficha limpa” é uma proposta de iniciativa popular, apresentado à Câmara dos Deputados em setembro do ano passado, com mais de 1,6 milhão de assinaturas. A ação popular contou com apoio de várias entidades da sociedade civis, mobilizados MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral).

domingo, 30 de maio de 2010

EUA confirmam viver pior desastre ecológico de sua história

30 de Maio de 2010 Por: Folha.com
O vazamento de petróleo no golfo do México é "possivelmente o pior desastre ecológico" da história dos Estados Unidos, afirmou neste domingo Carol Browner, conselheira do presidente americano Barack Obama para temas ambientais.

O fluxo do vazamento estimado por cientistas do governo e técnicos independentes, de 2 milhões a 3 milhões de litros de petróleo, fez com que, na semana passada, se confirmasse este desastre maior que o do navio-tanque Exxon Valdez --em 1989, despejou 42 milhões de litros no Alasca.

Em declarações ao programa "Meet the Press", do canal "NBC", Browner falou assim depois que a companhia BP, responsável pelo derramamento, anunciou o fracasso dos planos de bloquear o fluxo de petróleo com uma injeção de lama pesada, chamada de "top kill".

"Isso quer dizer que há mais petróleo vazando no golfo do México que em qualquer outro momento de nossa história. E isso significa que há mais petróleo que durante a mancha negra provocada pelo Exxon Valdez no Alasca (1989)", disse Browner.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o vazamento contínuo é "tão enfurecedor quanto doloroso".

Top kill

Por volta de 25% da zona econômica do golfo do México foi posta em restrição, de acordo com a National Oceanic and Atmospheric Administration, segundo a rede de notícias CNN.

Para efetuar o "top kill", a BP vinha lançando uma grande quantidade de um fluido de alta densidade --uma espécie de híbrido de lama com cimento-- no local do vazamento desde quarta-feira (26).

A estratégia nunca havia sido testada numa profundidade tão grande quanto a do poço no Golfo do México (1.500 metros).

A BP disse que já está preparando o próximo procedimento na tentativa de conter o vazamento. O novo plano consiste no uso de submarinos robôs junto a uma válvula de contenção.

A companhia estima que o procedimento leve quatro dias para ficar completo.

"Estamos confiantes que o trabalho vai funcionar, mas obviamente nós não podemos garantir o sucesso", declarou o chefe de operações da BP, Doug Suttles, sobre o novo plano.

Com agências internacionais

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ficha Limpa tem aplicação imediata mesmo após mudança, diz magistrado

26/05/2010
Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo
O presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abrampe) e integrante do comitê nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), juiz Marlon Reis, afirma que a alteração no texto do projeto Ficha Limpa não impede que a lei seja aplicada já nas próximas eleições.
“Nunca tivemos dúvida de que a lei, se aprovada, possa ser aplicada já nas eleições desse ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base no artigo 3º do projeto Ficha Limpa, que torna a lei válida para casos anteriores”, diz Reis.

Pelo artigo 3º do projeto Ficha Limpa, os candidatos já julgados e condenados à inelegibilidade que queiram se candidatar novamente têm 15 dias para entrar com recurso e tentar revogar a situação.

“Os condenados pela Justiça têm esse prazo [15 dias] para entrar com recurso. No projeto, o artigo 3º oferece o mesmo prazo para candidatos condenados, antes da lei, que queiram disputar eleições novamente. Sendo assim, esse artigo só tem sentido se a lei contemplar políticos já condenados”, explica.

Na votação no Senado, no último dia 19, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) alterou o texto do projeto Ficha Limpa de “os que tenham sido condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado” para “os que forem condenados”, causando polêmica ao permitir diferentes interpretações sobre a aplicação da lei.

"Até o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, questionou a aplicação da lei com base no que tem lido na imprensa, mas uma leitura mais atenciosa vai eliminar as dúvidas quanto à interpretação", comenta Reis.

Questionado sobre a possibilidade de Lula vetar o artigo, o magistrado se diz tranquilo. "O presidente já deu sinais de que irá aprovar o projeto. Na verdade, ele pode vetar qualquer artigo, mas acredito que irá aprová-lo da forma que está". Lula tem até o dia 8 de junho para sancionar o projeto de lei do Ficha Limpa.

Site terá candidatos 100% "ficha limpa"

Enquanto aguarda o presidente Lula sancionar o projeto, o MCCE se prepara para lançar outro projeto da campanha Ficha Limpa: um site só com candidatos que não possuem problemas com a Justiça.

“A campanha Ficha Limpa tem várias vertentes, uma delas é o projeto de lei que foi, acima de tudo, uma iniciativa popular muito bem sucedida”, diz Reis. “Agora, queremos educar a sociedade para que possam escolher melhor seus candidatos, e é nesse sentido que nasce o site”, completa.

O site deve entrar no ar logo após o prazo final do registro de candidaturas, em 5 de julho, e o cadastro está aberto a candidatos a todos os cargos, desde que não apresentem problemas com a Justiça, condenações em 1ª instância ou, no caso de políticos com foro privilegiado, denúncia criminal recebida por um tribunal.

O conteúdo será produzido pelos próprios candidatos, que poderão apresentar e publicar certidões negativas de antecedentes criminais digitalizadas. Quanto à fiscalização, Reis acredita que a oposição entre os partidos vai preencher este papel.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Marina elogia governos Lula e FHC, critica Dilma e se apropria de slogan de Serra

25/05/2010 - 14h30
Do UOL Eleições
De São Paulo

A presidenciável Marina Silva (PV) se apropriou, nesta terça-feira (25), do slogan de seu concorrente nas eleições de outubro, o tucano José Serra. "Nós sabemos que podemos fazer mais e melhor", disse, após afirmar que o Brasil "não pode aceitar o enquadre" de país exportador apenas de minérios e alimentos na economia mundial.

Ela aproveitou para criticar a indicação de Dilma Rousseff (PT) por Lula como nome governista à sucessão. "Ninguém pode decidir por ninguém o que é melhor. Na democracia, nenhum líder, por mais relevante, competente e forte que seja, pode oferecer para o seu povo um destino. Só os déspotas oferecem destino. Os democratas dão a possibilidade de construir o futuro", disse, sem citar o nome do presidente.

"No primeiro turno a gente vota em quem acredita. Em quem o coração da gente acha que é o melhor para o Brasil. No segundo turno, a gente se desvia do pior. Mas isso só a sociedade brasileira pode fazer", afirmou.

A ex-ministra do Meio Ambiente participou do Encontro da Indústria com os Presidenciáveis, promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em Brasília (DF). No evento, Marina e os outros dois principais presidenciáveis, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), ouviram reivindicações de empresários e falaram sobre suas propostas para a política industrial do país.
Ao longo de sua fala, a senadora acriana elogiou os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, os quais, segundo ela, "não são gerentes", mas sim "lideranças políticas".

"Diante da estabilidade econômica de 16 anos, da quebra de paradigma do presidente Lula, que mostrou que é possível crescer e distribuir renda... Nós não estamos no fim da história, estamos apenas no começo", afirmou. Pouco depois, Marina voltou a citar o slogan de Serra, "o Brasil pode mais" - a pré-candidata citou pelo menos seis vezes o bordão.

Além disso, buscou colocar-se como terceira via entre Dilma e Serra, sempre recorrendo a variações do slogan tucano. "Acreditar mais, sonhar mais, cobrar mais, ousar mais", disse, antes de criticar o "plebiscito" eleitoral entre o ex-governador de São Paulo e a petista.

Pelo lado do empresariado, participaram do encontro André Gerdau, diretor do grupo Gerdau; Robson Braga, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais; Frederico Fleury Curado, presidente da Embraer; e Paulo Godoy, presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base).

Também estiveram presentes Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa); e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), além do deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da CNI, dentre outros.

Licenças ambientais
"Não há como impedir o processo de judicialização", disse, ao ser indagada sobre o atraso na concessão de uma licença ambiental para uma estrada na Amazônia. "Todas as pessoas de bom senso estavam contra; no final, a licença foi concedida e houve uma redução de 90% no desmatamento".

"Não temos um programa de infraestura para o Brasil. O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] não é um programa, é uma colagem, uma gestão de obras. Não é um programa pensando o crescimento do Brasil", criticou. Ela afirmou que seu plano de governo para o setor de infraesturtura, embora ainda não esteja pronto, já está sendo redigido por sua equipe. "O Estado que produz mais minérios no Brasil, Minas Gerais, tem que comprar trilhos da China. Por aí já se explica a importância da indústria nacional", disse.

No item competitividade, disse Marina, é preciso "pensar que os juros no Brasil são muito altos; é o uso do cachimbo só de um lado da boca", criticou. Ao falar sobre o que faria na política econômica se fosse eleita, disse que o governo terá de "aprender a controlar a inflação de outras maneiras" E detalhou: "uma das ferramentas, que as lideranças políticas do Brasil tem dificuldade de manejar, é a diminuição dos gastos públicos", disse.

"O Brasil tem 18% de poupança para investimento; com isso, não temos como ir muito longe. A China tem 40%", afirmou. "Nós vamos ter de cortar gastos públicos, e controlar para que eles cresçam até apenas a metade do PIB. Se nós mantermos esse equilíbrio, manteremos a competitividade", garantiu. Marina não detalhou projetos para o setor industrial, apesar de relacionar com frequência o tema à questão ambiental.

Apesar disso, a ex-ministra defendeu a realização das reformas tributária e da previdência, e enfatizou a necessidade de valorização dos professores como forma de melhorar a educação no Brasil. "Na formação, na remuneração e, simbolicamente, ele ter um lugar de respeito na sociedade", disse.

Marina foi questionada por Antônio Carlos Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas; por Lucas Izotón; por presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo; e por Alcântara Corrêa, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.

domingo, 23 de maio de 2010

Partidos e projeto "Ficha Limpa" não merecem crédito, dizem especialistas

23/05/2010
Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Brechas podem garantir impunidade
Inconstitucional, estranho, embuste ou, simplesmente, sem graça. São esses os adjetivos que especialistas ouvidos pelo UOL Notícias usaram para descrever o projeto “Ficha Limpa”, aprovado nesta semana pelo Senado. A lei, ainda não sancionada às vésperas da votação de outubro, impede que políticos condenados por órgão colegiado da Justiça (mais de um juiz) participem de disputas eleitorais.

Há dúvidas entre os próprios parlamentares sobre se a lei pode ser aplicada já neste ano: alguns avaliam que isso aconteceria caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sancione antes das convenções que definem os candidatos. Outros, que parecem estar mais alinhados com as opiniões dos especialistas, entendem que a proposta teria de ter sido aprovada em 2009 para poder valer neste ano.

O assunto deve ser decidido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que foi provocado inicialmente pelo PSDB e depois por dois deputados federais. Eles tomaram a iniciativa para saber se a medida afetaria nestas eleiões o ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima. O tucano perdeu o mandato em 2008 por abuso do poder público e se a pena for retroativa ele não teria como ser reconduzido ao cargo.

Outros políticos proeminentes, como os ex-prefeitos de São Paulo Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina (PSB) poderiam ser impedidos de disputar novos mandatos na Câmara.

O projeto foi impulsionado por uma iniciativa popular: recebeu 1,6 milhão de assinaturas ao ser apresentado ao Congresso em setembro do ano passado. Além de tornar candidatos inelegíveis, a lei impede a preservação dos direitos políticos de quem renuncia ao mandato para escapar de eventual cassação por conta de denúncias.

“Metade desse projeto vale. É o que está de acordo com a Constituição, segundo a qual quem renuncia para não ser punido é punido do mesmo jeito. A outra parte é inconstitucional, um embuste eleitoral”, disse o especialista Alberto Rollo, presidente do Instituto de Direito Político Eleitoral e Administrativo (Idipea). “Em um julgamento de 2008, oito dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal foram contra mudança no ano da eleição. Podem até voltar atrás, mas acho difícil.

De acordo com a legislação eleitoral brasileira, mudanças que afetem o curso da votação só podem ser feitas um ano antes. A medida foi aplicada para evitar mudanças casuísticas às vésperas do pleito, o que geralmente favorecia os candidatos ligados ao governismo. A defesa do “Ficha Limpa” foi feita por parlamentares da situação e da oposição, de olho nos voto ético.

Para o advogado Tito Costa, a lei foi “fabricada para atender à grita da comunidade e é cheia de equívocos e reticências. “Essa coisa é muito sem graça. Parece feita para atender às exigências do ano eleitoral. Nenhum deputado nem senador teria coragem de barrar isso. Mas a Justiça o fará”, afirmou. “É verdade que o projeto inicial era condicionar tudo a um juiz de primeira instância. Eles mudaram isso e o risco de injustiça diminuiu. Mas continua sendo impossível de aplicar neste ano.”

“O positivo é que alguns partidos vão incorporá-la a seus estatutos e impedir a entrada desses elementos sem que a questão precise de intermediação da Justiça. Mas não acho que temos de dar muito crédito para o que estão fazendo, acho difícil que valha já para este ano e as eleições seguintes só virão quatro anos depois”, disse.

Mudança estética
Para o cientista político Luciano Dias, do IBEP (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos), o projeto "Ficha Limpa" pode valer para o futuro, mas conspiram contra isso a alegada inconstitucionalidade de aplicá-lo neste ano e a falta de moral dos partidos políticos para fazê-lo em 2014. “Esses mesmos partidos que pensam em adotar o texto da lei nos seus estatutos já têm conselho de ética, não têm?”, provoca. “O Conselho de Ética do PMDB já julgou se o deputado Jader Barbalho teve algo a ver com desvios em autarquias do governo Fernando Henrique Cardoso. Não aconteceu nada.”

Rollo concorda com essa análise. “Não vejo como isto valer para estas eleições e o futuro está longe demais para sabermos como será na próxima eleição. Se o povo se interessasse mesmo pelo tema, talvez houvesse uma perspectiva melhor. Mas as pessoas não querem saber disso de "Ficha Limpa" ou "ficha suja". Os partidos vão acabar lidando com isso da forma que quiserem, exceto pelo fato de que você não pode mais renunciar para não perder o mandato”, diz.

O cientista político Dias afirma que “a história toda do "Ficha Limpa" não é muito séria”. “Na Alemanha, o presidente da Câmara tem o direito de tirar um mandato se a suspeita sobre um colega dele é muito grave. Nos Estados Unidos, só a suspeita grave faz o próprio partido punir o faltoso, porque esse indivíduo sabe que nem será indicado novamente como candidato. No Brasil estamos nos primórdios”, afirma.
Fonte: Uol Notícias

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Projeto Ficha Limpa foi aprovado por unanimidade no Senado

19/05/2010
Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Projeto Ficha Limpa foi aprovado por unanimidade no Senado com 76 votos. O texto deve agora ir direto a sanção presidencial, sem precisar voltar para a Câmara dos Deputados.
Após a votação em sessão extraordinária que durou cerca de quatro horas, governo, oposição e movimentos sociais saíram satisfeitos.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) estimou que cerca de 25% dos futuros candidatos devem ser barrados com a nova lei. “Eu acredito que o número vai ser muito grande, pelo menos 1 em cada 4, porque tem muita gente acostumada a praticar irregularidades e o leque de crimes que passam a provocar inelegibilidade se amplia muito”, disse o democrata.
Para o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o texto "ainda precisará ser aperfeiçoado no futuro, porque ainda é muito genérico, pode cometer injustiças e não pegar quem tem que pegar. Mas é um avanço, sem dúvida”.
Quem também ficou satisfeito foi o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara Barbosa. Para ele, que dirige uma das instituições que promoveram o projeto, a nova lei vai inibir os criminosos. “Ao recorrer, o recurso ganhará prioridade para ser julgado. Então, se o candidato tiver culpa no cartório, ele vai preferir cumprir os trâmites normais da justiça e abrir mão da eleição, porque se recorrer ele pode ser preso”. Ainda segundo ele, a expectativa é que a nova lei abra precedentes para que a ética no trato com as coisas públicas se amplie.

Edição: Rivadavia Severo

terça-feira, 18 de maio de 2010

Arrecadação até abril confirma tendência de crescimento entre 10% e 11%, diz secretário

18/05/2010
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Se a economia crescer 6% neste ano, a arrecadação será estável e está assegurada, na avaliação do secretário da Receita, Octacílio Cartaxo.

Segundo ele, se for considerada a arrecadação até agora, já se confirma a tendência de crescimento no recolhimento de impostos entre 10% e 11% no primeiro semestre. Cartaxo não informou a projeção para a arrecadação entre julho e dezembro deste ano.

“A arrecadação não é linear. Cada mês traz suas especificidades, mas medindo o primeiro quadrimestre, temos um crescimento de 10,94%”.

Cartaxo lembrou que o crescimento em abril já desconsiderou os incentivos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupa). Ele disse ainda que a arrecadação de abril reflete o bom momento da economia.

Na manhã de hoje, a Receita informou que a arrecadação de impostos e contribuições federais no mês passado foi de R$ 70,906 bilhões, recorde para meses de abril. Na comparação com abril de 2009, houve aumento de 16,75%, valor já atualizado pela inflação.

Em termos nominais (sem considerar a inflação) o crescimento foi de 22,89%. No ano, o total arrecadado chega a R$ 256,889 bilhões, 18,11% a mais do que em igual período do ano passado. Se for ajustado pela inflação o crescimento é de 12,52%.

Edição: Tereza Barbosa//Matéria alterada para corrigir e acrescentar informações

CPF começará a ser emitido pela internet até fim de junho

18/05/2010
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A emissão do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) pela internet estará disponível para o contribuinte até o final de junho, informou hoje (18) o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo. O sistema já foi finalizado pelo órgão, mas ainda depende da homologação de dois parceiros do projeto, a Caixa Econômica Federal e os Correios.

O Banco do Brasil, que também participa da iniciativa, já adequou o seu sistema, de acordo com Cartaxo.

A vantagem do chamado CPF Web é que o interessado precisará ir apenas uma vez a uma unidade desses parceiros, para requerer o documento, que será expedido online.

Fonte: Agência Brasil - Edição: Juliana Andrade

terça-feira, 11 de maio de 2010

Deputados aprovam projeto "ficha limpa" sem alterações no texto-base

11/05/2010 - 19h51

Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
Atualizada às 20h42
Deputados rejeitaram na noite desta terça-feira (11) os últimos destaques do projeto “ficha limpa”, que foi mantido da mesma forma que foi aprovado na semana passada. O projeto impede o registro de candidaturas de políticos com condenação por crimes graves. Agora, a proposta segue para ser votada no Senado e, se não houver alteração, irá para sanção presidencial. O objetivo maior dos apoiadores do projeto é que as mudanças possam ser adotadas ainda nas eleições deste ano.
Os favoráveis argumentam que, caso o projeto seja sancionado pelo presidente antes das convenções partidárias que definem os candidatos, as novas regras poderão ser aplicadas. Para os contrários, a proposta teria de ter sido aprovada no ano passado para ter validado em 2010. Ainda não há consenso entre magistrados do Tribunal Superior Eleitoral se, mesmo aprovado até junho, o projeto valerá para as eleições deste ano.“Isso é uma vitória para cada um dos brasileiros e eu fico muito feliz de ter servido de instrumento para pode aprová-lo nesta Casa”, comemorou o deputado Índio da Costa (DEM-RJ), após a rejeição de todos os destaques.
O texto que irá para a análise do Senado é o mesmo que foi aprovado na semana passada, de autoria do relator, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). O parlamentar petista flexibilizou a proposta de iniciativa popular ao permitir que o político condenado possa recorrer para tentar suspender a inelegibilidade e participar das eleições. O efeito suspensivo precisa ser aprovado por um colegiado de juízes. Na sessão desta terça-feira, dois dos nove destaques foram retirados da votação. Outros seis também tiveram parecer contrário, após consenso entre os deputados. O único que gerou polêmica foi derrotado por 350 votos contra, 2 a favor e 2 abstenções. Ele previa a exclusão do texto-base de crimes “contra o meio ambiente e a saúde pública”. A decisão tinha o apoio da bancada ruralista.

O presidente da Câmara Legislativa, Michel Temer (PMDB-SP), comemorou o fato da votação ter sido rápida (menos de 2h), como resultado do acordo feito, mais cedo, entre os parlamentares. "A casa do povo respondeu positivamente à iniciativa popular”, disse. O “ficha limpa” é uma proposta de iniciativa popular, apresentado à Câmara dos Deputados em setembro do ano passado, com mais de 1,6 milhão de assinaturas. A ação popular contou com apoio de várias entidades da sociedade civis, mobilizados pelo MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral).

Dunga põe Ronaldinho Gaúcho e Ganso em 'lista de espera' da Seleção

11/05/2010 - 17h40

Do UOL Esporte
Em São Paulo
*

A CBF divulgou na tarde desta terça-feira a 'lista de espera' do técnico Dunga. Paulo Henrique Ganso e Ronaldinho Gaúcho figuram entre os sete. Alex (Chelsea), Diego Tardelli (Atlético-MG), Sandro (Inter), Marcelo (Real Madrid) e Carlos Eduardo (Hoffenheim) completam a relação.
Neymar e Adriano, que estavam cotados para constar na relação dos 23 jogadores da seleção brasileira para a Copa do Mundo, também não constaram nem na lista dos 30 nomes de Dunga. “O ideal era ter substitutos para cada posição. Mas a Fifa não nos permite fazer isso. Então montamos uma lista genérica com alguns meias que podem fazer outras funções também, mas só se, por algum acaso, a gente acabe precisando substituir alguém”, explicou o treinador.http://copadomundo.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/11/dunga-poe-ronaldinho-gaucho-e-ganso-em-lista-de-espera-da-selecao.jhtm

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Serasa: pedidos de falência caem 25,1% em abril

O número de pedidos de falência caiu 25,1%, passando de 195 em março para 146 em abril, mostra o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, divulgado hoje. A queda mais significativa em termos absolutos ocorreu entre as micro e pequenas empresas (26,8%), de 123 pedidos em março para 90 em abril. Também houve recuo, de 9,1% (de 44 para 40), entre as médias empresas e de 42,8% (de 28 para 16) entre as grandes.

As falências decretadas tiveram alta de 7,1% de março para abril, concentrada entre as pequenas empresas. As médias e grandes companhias mantiveram os patamares de março. Na comparação dos primeiros quatro meses de 2009 com os primeiros quatro meses de 2010, o número de falências requeridas caiu 8,7%. As médias empresas se destacam, com 14,4% de queda no período. O número de falências decretadas caiu 1,9%, sendo 3,8% entre as micro e pequenas (de 235 para 226) e de 66,7% entre as grandes (de 9 para 3). Entre as médias, houve alta de 66,7% no primeiro quadrimestre (de 15 para 25 registros).

De acordo com os técnicos da Serasa, a queda no número de pedidos de falência em abril deveu-se a avanços na atividade econômica e ao menor número de dias úteis no mês (foram 20, em comparação aos 23 de março). Para eles, há crescimento das receitas, o que facilita a administração do fluxo de caixa das empresas, mesmo com a oferta de crédito ainda não normalizada.

O recuo na comparação quadrimestral explica-se pela conjuntura econômica em 2009 e em 2010. Nos primeiros quatro meses de 2010, o país registrou altas taxas de crescimento, enquanto no mesmo período de 2009 havia recessão, com baixa oferta de crédito e elevada inadimplência das empresas.

A tendência, segundo os especialistas, é de a queda no indicador continuar por causa da melhora das condições econômicas do País. Para os técnicos, a alta da Selic (a taxa básica de juros da economia), decidida em abril, não deve impactar o indicador enquanto a previsão de crescimento do País permanecer inalterada.

Fonte: Agência Estado

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sem candidatura, Ciro vê erro tático do PSB

27/04/2010
Ciro diz que decisão do PSB de não disputar Presidência é erro tático e que obedecerá

da Reportagem Local

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) divulgou nota na noite desta terça-feira para criticar a decisão da Executiva Nacional do seu partido. Reunida em Brasília, a cúpula do PSB oficializou a desistência de disputar a Presidência com uma chapa encabeçada por Ciro.

Numa nota intitulada "Ao rei tudo, menos a honra", Ciro chamou a decisão do PSB de "erro tático". "Acho um erro tático em relação ao melhor interesse do partido e uma deserção de nossos deveres para com o país", escreveu ele em nota publicada em seu site.

Apesar da crítica, Ciro promete obedecer a decisão do partido. "Não é hora mais, entretanto, de repetir os argumentos claros e já tão repetidos e até óbvios. É hora de aceitar a decisão da direção partidária. É hora de controlar a tristeza de ver assim interrompida uma vida pública de mais de 30 anos dedicada ao Brasil e aos brasileiros e concentrar-me no que importa: o futuro de nosso país!"

Na nota, ele diz que seu engajamento com o partido dependerá dos rumos do projeto que o PSB apresentará para o país. "Meu entusiasmo, e o nível de meu modesto engajamento, entretanto, compreendam-me, por favor, meus companheiros, irão depender do encaminhamento, pelo partido, de minhas preocupações com o Brasil, com nossa falta de um projeto estratégico de futuro, com a deterioração ética generalizada de nossa prática política, com a potencial e precoce esclerose de nossa democracia."

PSB

Em uma reunião tensa, em que integrantes da legenda acusaram a direção do partido de ser subserviente ao PT, o PSB avaliou que se enfraqueceria nos Estados caso mantivesse a candidatura presidencial.

"Foi quase uma escolha de Sofia. Ou levar à degola vários candidatos ao governo e ao Senado ou ter a candidatura própria", afirmou Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB, par quem o apoio a Dilma é o caminho natural da legenda.

Na terça, o PSB se encontra com o PT para tratar da aliança, que deve ser formalizada em encontro nacional da legenda, em 17 de maio.

Em nota divulgada após a reunião, o PSB sinaliza que deve fechar apoio à pré-candidatura da petista Dilma Rousseff. "A Comissão Executiva Nacional avalia como correta e consequente a participação do PSB no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É dever das forças populares contribuir para a continuidade desse projeto, a partir do qual o Brasil retomou o caminho do desenvolvimento soberano, com maior repartição de renda e menor exclusão social", diz nota do partido.

"O PSB permanece firme e ativo no processo sucessório. Nele, queremos somar, unir e avançar, em favor da construção de uma Nação à altura das mais legítimas esperanças socialistas."

Na nota, o PSB também faz elogios a Ciro. "Administrador vitorioso em diversos níveis de governo, homem de ideias e de atos em favor do país, Ciro Gomes engrandeceu o debate republicano. Com ele, expusemos nossas propostas aos brasileiros."

Fonte: Folha Online

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Aliança de Tasso com Cid Gomes ‘irrita’ DEM e PSDB

José Cruz/ABr

Arma-se no Ceará uma rebelião em torno do palanque que deveria servir à campanha presidencial de José Serra (PSDB).

No centro da encrenca está o grão-tucano Tasso Jereissati. Lideranças locais do DEM e do próprio PSDB criticam o senador.

Candidato à reeleição para o Senado, Tasso costura uma aliança com o governador cearense Cid Gomes (PSB).

Vem a ser o irmão de Ciro Gomes, velho amigo de Tasso e suposto candidato à Presidência pelo PSB.

A movimentação de Tasso gerou uma onda de críticas. Vinham sendo pronunciadas nos subterrâneos. Mas começaram a ganhar o meio-fio.

Vice-presidente do diretório do DEM no Ceará, Ruy Câmara declara: “O Tasso terá de explicar claramente essa ambiguidade política.”

“...Como podemos ter uma oposição ao PT no plano nacional e, no plano estadual, dar apoio a um candidato da base de sustentação da Dilma?”

A manifestação de Ruy Câmara ganha o noticiário como um desafio ao colega de partido Chiquinho Feitosa, presidente do DEM-CE.

Chiquinho é amigo e aliado político de Tasso. Assiste passivamente à costura do acordo do senador tucano com Cid Gomes.

Algo que deixa o vice-presidente do DEM cearense ainda mais abespinhado. Ele diz que Tasso “não tem o direito de levar o DEM de reboque no seu projeto”.

Para Ruy Câmara, a articulação de Tasso conspira contra os interesses de José Serra, cuja candidatura o senador deveria fortalecer.

“É uma incoerência não ter um palanque sólido no Estado para o José Serra. Não podemos dar um palanque falso para ele subir”, afirma o líder ‘demo’.

Ruy Câmara não está só. Em declaração ao diário cearense “O Povo”, o presidente regional do PSDB, Marco Penaforte, clamou de “suicídio” a aliança com Cid.

No início do ano, Tasso reunira-se com Serra em São Paulo. Ouviu do colega paulista um apelo para que se candidatasse, ele próprio, ao governo do Ceará.

Tasso refugou o pedido. Mas disse a Serra que arrumaria um candiato para representar o PSDB na eleição de governador. Escolheria um empresário.

Simultaneamente, Tasso, opositor de Serra na política doméstica do tucanato, flertava com a candidatura alternativa de Aécio Neves.

Inviabilizado, Aécio sugeriu o nome de Tasso para vice de Serra. Uma forma de atenuar as pressões que se abatiam sobre Minas.

Pendurado no noticiário, o balão da candidatura de Tasso a vice foi furado pelo tucanato de São Paulo.

A direção nacional do PSDB deu carta branca a Tasso para fazer no Ceará o que lhe parecesse mais conveniente.

E Tasso intensificou o tricô com Cid Gomes. Um governador que, na briga para se reeleger, dará palanque a Ciro ou a Dilma, jamais a Serra.

Daí a irritação que toma conta de um pedaço do DEM e de um naco do PSDB do Ceará.

Fonte: Blog do Josias

quarta-feira, 3 de março de 2010

As 7 leis da liderança eficaz

Por Luís Sérgio Lico

Dizem que existe um mistério no mundo e ele se reflete na causalidade, ou seja, na forma pela qual as coisas acontecem deste ou daquele modo. Nas organizações não poderia ser diferente, só que é mais simples de analisar que o mundo em suas complexas inter relações, pelo menos é um ambiente restrito.

E neste ambiente, nada mais importante que saber fazer as coisas acontecerem em suas programações esperadas, ou seja liderar. Mas o que é importante mesmo para um lider?

Basta dar uma busca pela internet e ver o resultado quando o tema é liderança. Centenas de pessoas falam sobre liderança, suas vantagens e necessidades. A maioria chove no molhado, ao dizer que o líder é isso, o líder deve fazer aquilo, repisando os velhos modelões de gestores autocráticos, liberais, situacionais e por aí vai.

Enfim, é preciso ter estômago para fugir da obviedade que se instalou neste segmento, principalmente quando meditamos sobre como o mundo virtual acaba empobrecendo, e não enriquecendo, a soma do conhecimento humano.

Tornar mais fácil achar determinado assunto, não significa que ele é de qualidade, que digam isto os artigos que vemos pela web e que não passam de Ctrl C + Ctrl V dos que escreveram antes, num mix alienígena, personalista ou hiperconvencional.

Também é verdade que não se pode, neste ponto da história humana pretender ser original, mas sim, saber perguntar. Pensando nisto, e revendo aquilo que a experiência ensinou, aliado à informação que nos chega aos montes por diversos canais de comunicação, podemos operar sínteses, ou seja postular que aquilo de mais importante para uma liderança pode ser expresso em poucos e determinados comportamentos decisivos.

Na verdade, estamos falando de empenho e eficácia na gestão. Quais são, então, estes comportamentos? Vejamos um pequeno resumo abaixo, destes principais itens, deixando para um próximo artigo descrever as suas dimenões:


1 – A liderança não é um ato isolado ou sinfonia metafórica de atitudes personalistas que no final da carreira gera um livro e transforma alguém em guru de consultores e Ceos carentes. Mas, sim um processo de atuação. Se pararmos de ser líderes por um instante, a linha pára e nada mais se produz. Há um caráter sistemático e motivacional em estar-se sempre atuando como líder.

2 – Não trabalhe muito. Isto não basta. É preciso trabalhar muito e trabalhar bem. Os líderes devem, obrigatoriamente, mostrar a camisa suada e as mangas arregaçadas, todo o tempo. Devem ser humildes o suficiente para dizer por todos os poros à sua equipe: Façam como eu! A inspiração decorre de como a liderança trabalha e, principalmente como trabalha.

3 - É preciso criar desafios e metas e sempre renová-los, quando são alcançados. Ninguém pode motivar alguma equipe, caso não lance mão de objetivos renovados. Mas, atenção: as metas devem ser inteligentes (smart), quer dizer: específicas, mensuráveis, alcançáveis, realistas e com prazo para entrega dos resultados. Além do mais, devem considerar se a equipe está ou não preparada para atingí-las e, também se a organização oferece as mínimas condições para isto. Criar metas insustentáveis e gritar com todos para atingí-las é o cúmulo da ignorância.

4 – As experiências vividas dentro do ambiente confinado de uma organização, devem ter uma perspectiva de curto, médio e longo prazo. Além do mais, devem contribuir para que as relações internas, o clima e os procesos sejam melhorados e que proporcionem ganhos a todos (inclusive financeiros). Assim, o líder deve cuidar para que suas iniciativas sejam sustentáveis, ou seja, que por sua excelência de padrões, acabem entrando no Dna na empresa e contem, desde o start up, com a adesão dos colaboradores e da própria cultura organizacional. Líderes inspiram, sempre.

5 – O líder deve primar por uma gestão transparente. Isto quer dizer, que as pessoas devem saber o que se passa. Como é que se vai conseguir adesão, se não se sabe o que está acontecendo. Além de trabalhar bem, de ser ético e justo, diga a todos o que está fazendo e para onde queremos ir com estes esforços, tarefas e projetos. Isto elimina boatos e desestimula a rádio-peão. Não esconda o horizonte dos colaboradores com nuvens negras e ameaçadoras, típicas dos discursos menores, do tipo: ou fazemos isto ou seremos obrigados a reduzir os quadros ou seremos punidos pela direção. Ninguém aguenta trabalhar sob o tacão de ameaças veladas, estratégias de disfarce e sugestões subliminares. Diga sempre a verdade, com amor.

6 – Seja humano. Isto quer dizer que você deve compartilhar suas idéias (e até temores) com as pessoas de sua equipe. Conte sua história, deixe que os colaboradores sintam que você não é um ogro insensível e que só fala a língua das planilhas. Evidencie seu esforço para todos e deixe bem claro o tipo de comprometimento que espera e como pode ser alcançado. Perdoe algumas falhas menores, mas nunca releve sérios defeitos de caráter. No trabalho, seja o coach daqueles que precisam de desenvolvimento e nunca se esconda atrás de sua secretária. Seja gentil e atencioso, o que significa, no mínimo ser educado. Não cobre nada que você não possa fazer por si mesmo.

7 – Cumpra sempre sua promessa. Se conseguir manter sua palavra, terá o respeito, comprometimento e a admiração de todos. Não importa o que tenha dito, cumpra! Mesmo se precisar por força das circunstâncias voltar atrás, tente resolver a situação de forma ética. Deste modo, a melhor maneira é saber o que fala para não ter que engolir suas próprias palavras. Ninguém respeita o falastrão, aquele que promete mundos e fundos e não entrega nada, ou entrega muito pouco. Pergunte a si mesmo: Você manteria em sua equipe alguém assim? Use a sabedoria dos antigos: Deixe que sua reputação chegue nos lugares, antes que você.

Naturalmente, estes são pequenos indicadores de comportamentos adequados para a liderança moderna, o que não exclui toda a soma de competências técnicas necessárias e desejáveis. O que importa, nestes tempos de grandes mudanças é fazer com que as atitudes possam gerar situações enriquecedoras e sinérgicas e não o contrário.

Muitas empresas ainda confundem entrega de resultados com açoitamento e traduzem gestão por objetivos por intimidação. Não que, às vezes, possamos colocar um pouco mais de pimenta no molho, mas nos olhos dos outros nunca é refresco. Quem é líder sabe até onde pode esticar a corda, quem é apenas chefe, não. O líder planeja tudo e assume responsabilidades, o chefe joga a culpa dos fracassos na equipe.

Por isso, ainda é necessário escrever sobre a liderança, mesmo que seja para oferecer uma perspectiva diferenciada, sobre a banalidade do tema. Liderar é fazer bem feito, mesmo quando não tiver ninguém olhando. É conjugar três verbos numa ontologia do presente: saber, fazer e querer. O que falta, mesmo é capacidade para estas funções. Eu diria, humanidade, também.

Se você é ou quer ser líder, comece por praticar estas pequenas leis. Se você for sincero em sua busca, descobrirá outras, melhores e maiores. E assim, poderá verdadeiramente ser um exemplo inspirador para todos os que estão à sua volta e, quem sabe para as gerações que virão.

Lider - A alma da empresa

Por Rubens Fava

Compartilhar ImprimirSe você se beliscar poderá sentir que está vivo. Se alguém lhe chamar aos gritos, você certamente irá atender ao chamado. Seus sentidos lhe orientam como reagir a cada ato que ocorre em sua vida. Mas quando alguém que você confia e tem como exemplo de conduta e inspiração se ausenta, que sentido você usa para expressar o que sente?

Provavelmente você usa sua alma!

A alma é energia; Não pode ser vista.

É para o corpo aquilo que o astronauta é para a roupa espacial; funciona como uma bateria, dando vida e animação. Tire o astronauta da roupa e esta será basicamente inútil. Tire a alma do corpo e o corpo desmorona.
E a empresa tem alma?

Para alguns a alma da empresa é o cliente e o desafio é atrair e manter clientes lucrativos pelo maior tempo possível para que a empresa possa se manter viva, saudável e crescendo.

Para outros a alma da empresa são seus colaboradores, uma vez que não é possível ter lucro sem colaboradores competentes que se empenham em fazer coisas para clientes que ficam porque gostam do que recebem.

Para outros a alma da empresa está na liderança, pois, é o líder que patrocina para toda a empresa a cultura da competência, do bom atendimento, dos processos corretos, do ambiente saudável, da visão ousada e da missão adequada, pois, se estes não forem os valores do líder também não serão da empresa.

Resolvi escrever este texto como uma homenagem a um grande líder que aprendi a admirar e a respeitar que vou chamá-lo apenas de Paulo.

Ele me ensinou que antes de pensar em excelência é importante tirar o “le” e pensar em “excência” e a essência de qualquer empresa é construída através de valores e atitudes que estão contidas na alma do líder.

Ensinou-me que compartilhar objetivos é essencial e que é vital integrar estrutura e processos, processos e pessoas, pessoas e pessoas.

Ensinou-me que o exemplo vale mais do que mil palavras e que ser líder é ajudar as pessoas a descobrirem o líder que existe dentro de cada um.

Ensinou-se que é parte do trabalho do líder incentivar as pessoas que têm iniciativa, que fazem, que erram, mas, que corrigem rapidamente os erros e aprendem a não errar mais.

Ensinou-me que a excelência não está em colocar mais e mais, mas, não ter mais o que tirar.

Ensinou-me que a vida é uma aventura repleta de riscos e ao mesmo tempo fascinante e que a pessoa humana deixa transparecer a sua originária identificação com a itinerância.

Itinerância de si para o seu semelhante, da casa para a sociedade, da solidão para o convívio, do anonimato para um gesto inesquecível de solidariedade, da falsidade para o valor do caráter, do turbilhão urbano para o silêncio de um bosque, da terra para o céu, do tempo para a eternidade.

Que desses mais variados desvelamentos da pessoa humana enquanto itinerante, sucedem-se diversos estágios de crescimento e dentre eles aceitar novos desafios é um gesto de coragem e astúcia.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Subida de Dilma surpreende PT, e partido "provoca" oposição

28/02/2010
Agora é a oposição que começa a pensar em plano B, diz presidente do PT

DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou neste domingo que surpreendeu a pesquisa Datafolha, mostrando crescimento de 5 pontos percentuais da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na disputa presidencial. "O crescimento foi maior do que o esperado", diz.

Segundo Dutra, os números mostram que a candidatura de Dilma está consolidada e competitiva. "Ao contrário do que alguns diziam meses atrás sobre a gente, agora é a oposição que começa a pensar em um plano B."

Ele afirma que a exposição da ministra por causa do lançamento de sua pré-candidatura na semana passada teve influência no resultado. No entanto, isso é irrelevante, na sua avaliação. "O que importa não é o índice de crescimento, mas o crescimento sustentado da candidatura", afirma.

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), líder do partido no Senado, o crescimento de 5 pontos percentuais foi consequência do lançamento da pré-candidatura. "O resultado reflete o impacto provocado pela enorme publicidade em toda a mídia nacional por ocasião do lançamento oficial da candidatura da ministra durante o 4º Congresso Nacional do PT, no último final de semana", afirmou o senador em seu blog.

No dia 20 de fevereiro, a ministra foi lançada pré-candidata durante congresso de seu partido. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas maiores de 16 anos.

A pesquisa Datafolha, publicada na edição de domingo da Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL), mostra ainda que Dilma atingiu 28% das intenções de voto e reduziu de 14 para 4 pontos percentuais a distância que a separa do principal rival, José Serra (PSDB), que tem 32%.

A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos --ou seja, só haveria empate técnico, em 30%, na hipótese de o tucano estar no limite mínimo, e a petista, no máximo.

O crescimento da ministra da Casa Civil foi verificado em todos os cenários do levantamento. A pesquisa mostra estagnação nos índices de Ciro Gomes (PSB) e de Marina Silva (PV).

Esses novos resultados devem aumentar as especulações sobre a perspectiva de desistência de José Serra, relata a coluna Painel.

O presidente Lula manteve aprovação recorde, com 73% de ótimo/bom.

Fonte: Folha Online