quinta-feira, 10 de março de 2011

Estradas têm o carnaval mais violento da história: quase 50% mais mortes

SÃO PAULO - O carnaval 2011 foi considerado o mais violento da história, segundo a Polícia Rodoviária Federal, devido ao aumento no número de acidentes, feridos e principalmente no número de mortes, que chegou a ser quase 50% superior em relação ao ano passado.

Segundo balanço final da PRF, divulgado nesta quinta-feira, 10, foram registrados 4.165 acidentes (28,7%), deixando 2.441 feridos (27,4%) e 213 mortos (47,9%). No ano passado, o balanço da Polícia Rodoviária Federal mostrou que 143 pessoas morreram em 3.233 acidentes. Outras 1.912 ficaram feridas.

O Estado de Minas foi onde foram registrados mais acidentes, totalizando 880, e o segundo em número de mortes, com 29 vítimas. Santa Catarina, o primeiro no ranking de óbitos, registrou 36 mortos em suas estradas neste carnaval.

Trânsito. Em várias rodovias importantes do País, sobretudo nos corredores viários que ligam o interior ao litoral, foi registrado aumento impressionante do fluxo de veículos.

Em Minas Gerais, as vias que levaram os foliões às cidades históricas do Estado, além de Bahia e Espírito Santo, observaram crescimento de até 50% no volume de tráfego em relação ao mesmo período do ano passado.

No Pará, a BR-316, que liga Belém aos balneários de Mosqueiro e Salinópolis, viu a circulação média diária saltar de 50 veículos / minuto em 2010, para 70 veículos / minuto em 2011.

No Rio de Janeiro, mesmo com o advento de uma faixa reversível de oito quilômetros, a Polícia Rodoviária Federal registrou mais de 17 quilômetros de lentidão na BR-101 Norte, que faz ligação entre a capital fluminense e a Região dos Lagos.

Em Pernambuco, todo movimento de foliões esteve concentrado na BR- 101, que corta Recife e Olinda. A mesma estrada, que serve como porta de entrada para o Estado, também é passagem obrigatória para aqueles que seguem em direção ao litoral Sul ou Norte.

Drogas. Durante a operação Carnaval da PRF, foi apreendida grande quantidade de drogas, entre elas uma tonelada de cocaína, 338 quilos de maconha e seis mil pedras de crack.

Por Solange Spigliatti, estadao.com.br, Atualizado: 10/3/2011 11:47

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