09/11/2008 - 13h40
YGOR SALLES
YGOR SALLES
da Folha Online
O Brasil propôs em comunicado final da reunião do G20 financeiro, que acabou na tarde deste domingo em São Paulo, que seja realizada uma ampla reforma nas instituições financeiras internacionais para que elas ganhem "maior legitimidade e representatividade". O ministro da Fazenda, Guido Mantega, concedeu entrevista coletiva para detalhar o que foi discutido na reunião ao longo do fim de semana.
Entenda o que é e quem integra o G20 financeiro10 questões para entender o tremor na economia Leia a cobertura completa sobre a crise dos EUA
Segundo comunicado, "o novo multilateralismo financeiro deve priorizar a definição de regras, recomendações e incentivos à adoção de políticas macroeconômicas que contribuam para a estabilidade e o crescimento econômico socialmente includente e sustentado a longo prazo".
Para dar legitimidade às instituições, o país sugere que elas "reflitam as relações sociais contemporâneas". Segundo Mantega, o G20 é um forte candidato a exercer a função de órgão coordenador "desta e outras crises". Ele defendeu que o grupo se reúna mais vezes e tenha mais participação dos chefes de Estado. "[O G20 deve] priorizar deliberações com resultados práticos em termos de políticas públicas", diz o documento.
De acordo com o documento divulgado pelo Brasil, a instituição também poderia ser o FMI (Fundo Monetário Internacional), desde que passe por reformas e mais países ganhem representatividade.
O documento, que tem nove páginas, informa ainda que as medidas anunciadas até o momento já surtem efeitos "positivos e estabilizadores de curto prazo", mas ainda é necessário normalizar os canais de crédito e os fluxos financeiros.
A reunião deste fim de semana em São Paulo, com ministros de Economia e presidentes de bancos centrais das grandes economias desenvolvidas e emergentes, prepara a pauta de discussões para a cúpula do dia 15 de novembro, em Washington, quando se encontram chefes de Estado das nações do G20.
Emergentes
Na abertura da reunião, no sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a "crença cega" na auto-regulação dos mercados financeiros, o que para ele resultou na atual crise financeira global. Por isso, pediu uma maior regulação a partir de agora.
Em seu discurso, Lula defendeu o que já havia pregado o ministro Guido Mantega na véspera : mais espaço aos países emergentes.
"Precisamos aumentar a participação dos países emergentes nos mecanismos decisórios da economia mundial. Deveremos revisar o papel dos organismos existentes ou criar novos de forma a fortalecer a supervisão e a regulação dos mercados financeiros", disse Lula. "Está na hora de uma nova governança, mais aberta e participativa. E o Brasil está pronto para isso."
Fonte: Folha Online
O Brasil propôs em comunicado final da reunião do G20 financeiro, que acabou na tarde deste domingo em São Paulo, que seja realizada uma ampla reforma nas instituições financeiras internacionais para que elas ganhem "maior legitimidade e representatividade". O ministro da Fazenda, Guido Mantega, concedeu entrevista coletiva para detalhar o que foi discutido na reunião ao longo do fim de semana.
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Segundo comunicado, "o novo multilateralismo financeiro deve priorizar a definição de regras, recomendações e incentivos à adoção de políticas macroeconômicas que contribuam para a estabilidade e o crescimento econômico socialmente includente e sustentado a longo prazo".
Para dar legitimidade às instituições, o país sugere que elas "reflitam as relações sociais contemporâneas". Segundo Mantega, o G20 é um forte candidato a exercer a função de órgão coordenador "desta e outras crises". Ele defendeu que o grupo se reúna mais vezes e tenha mais participação dos chefes de Estado. "[O G20 deve] priorizar deliberações com resultados práticos em termos de políticas públicas", diz o documento.
De acordo com o documento divulgado pelo Brasil, a instituição também poderia ser o FMI (Fundo Monetário Internacional), desde que passe por reformas e mais países ganhem representatividade.
O documento, que tem nove páginas, informa ainda que as medidas anunciadas até o momento já surtem efeitos "positivos e estabilizadores de curto prazo", mas ainda é necessário normalizar os canais de crédito e os fluxos financeiros.
A reunião deste fim de semana em São Paulo, com ministros de Economia e presidentes de bancos centrais das grandes economias desenvolvidas e emergentes, prepara a pauta de discussões para a cúpula do dia 15 de novembro, em Washington, quando se encontram chefes de Estado das nações do G20.
Emergentes
Na abertura da reunião, no sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a "crença cega" na auto-regulação dos mercados financeiros, o que para ele resultou na atual crise financeira global. Por isso, pediu uma maior regulação a partir de agora.
Em seu discurso, Lula defendeu o que já havia pregado o ministro Guido Mantega na véspera : mais espaço aos países emergentes.
"Precisamos aumentar a participação dos países emergentes nos mecanismos decisórios da economia mundial. Deveremos revisar o papel dos organismos existentes ou criar novos de forma a fortalecer a supervisão e a regulação dos mercados financeiros", disse Lula. "Está na hora de uma nova governança, mais aberta e participativa. E o Brasil está pronto para isso."
Fonte: Folha Online
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