Por Degmar Augusta da Silva - 30/01/2009
“Tu não tens de prever o futuro, mas sim de o permitir.”
Antoine de Saint-Exupéry
“Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades.” Essa é a definição apresentada no relatório “Nosso futuro comum”, publicado em 1987, desenvolvido por representantes de 21 governos, líderes empresariais e representantes da sociedade, todos membros da Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Diante do cenário atual, o desenvolvimento sustentável é o único caminho para a sobrevivência e permanência de vida na Terra e, para tanto, medidas urgentes e globais devem ser consideradas e implantadas. A começar pela garantia da disponibilidade de recursos naturais, respeito dos limites da biosfera para absorção de resíduos e poluição, bem como a redução da pobreza em nível mundial. O tempo é curto, e a corrida há de ser disparada com ações estratégicas imediatas. Em 2004, a população mundial atingiu 6,4 milhões e continua crescendo em 80 milhões por ano. O Brasil está no quinto lugar entre os países mais populosos, atrás de Indonésia, Estados unidos, Índia e China. Para garantir os recursos naturais renováveis e não-renováveis, a estabilização do crescimento populacional é inquestionável, uma vez que o aumento populacional demanda por mais produção de alimentos, água, energia, terras férteis, dentre outros, ultrapassando, por consequência, a capacidade-suporte do planeta.
A redução da pobreza é fator preponderante para a estabilização da população e, por consequência, à preservação do planeta. O analfabetismo e a escolaridade incompleta, causas da pobreza, colocam o indivíduo no subemprego, reproduzindo, assim, o ciclo de pobreza da família: as menos favorecidas e esclarecidas, geram, consequentemente, filhos carentes de informação. Portanto, a educação é indispensável à formação e desenvolvimento do indivíduo e o processo educacional há de se pautar, também, na educação ambiental, uma vez que é de extrema importância para a formação da consciência ecológica. Um novo estilo de vida deve ser adotado, e o consumismo, diminuído. Água, energia, combustível, entre outros, devem ser poupados. O lixo deverá ser diminuído, uma vez que a reciclagem apenas remedia os danos de muitos desperdícios. Indústrias, empresas e comércio devem associar crescimento e lucratividade às técnicas ambientais, pois o emprego de tecnologias limpas e mais eficientes diminuem os custos, aumentando a rentabilidade e preservando o meio ambiente. Para tanto, é de fundamental importância uma participação global entre países, Estados e municípios, com incentivos fiscais e aplicação severa da legislação ambiental. O ser humano, ao longo da sua existência na terra, passou por diversos estágios de evolução. Contudo, hoje, para a garantia de vida futura, a evolução necessária é a conscientização mundial rumo ao consumo e produção baseada no desenvolvimento sustentável.
Degmar Augusta da Silva é advogada (Mortoza Advogados e Associados), especialista em Gestão Ambiental de Empresas e em Docência Superior. Escreve e publica artigos relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade e educação.
Fonte: DM
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