sexta-feira, 15 de maio de 2009

China, a gigante da economia

15/05/2009
Há pouco tempo, os produtos chineses eram encarados por desconfiança pelo consumidor nacional e internacional, hoje, a revolução tecnológica que ocorre na China coloca-a numa situação confortável. O governo chinês investiu pesado na educação e, hoje, o país é o 2º em produção de artigos científicos.
Com a evolução tecnológica, passou conquistar outros segmentos da economia internacional, como o de telecomunicações. A fabricante Hauwei será a 3ª maior do setor no ano de 2009. Esta empresa, que tem filial em Campinas, faturando mais de US$ 1 bilhão no Brasil em 2008, irá investir no país assim como sua concorrente, a ZTE, que anunciou investimentos de US$ 2 bilhões na economia brasileira, segundo informações de Eric Zhou Hongfeng, diretor da ZTE para a América Latina. O dinheiro está vindo do Banco de Desenvolvimento da China.
Gigante, porque, somente no primeiro trimestre de 2009, os bancos chineses concederam créditos da ordem de US$ 673 bilhões, segundo o relatório divulgado no dia 07/05/2009 pelo Banco do Povo da China, o Banco Central chinês. Outros US$ 575 bilhões foram o montante oferecido pelo governo chinês, além de incentivos à venda de veículos, como no caso brasileiro, que já impulsionou as vendas no mês de abril, foi vendido mais de 1 milhão de veículos.
A China detém 63% da produção de calçados do mundo, 36% do aço global, 75% do mercado de brinquedos, e Xangai será a capital do automóvel neste ano, desbancando Detroit, EUA.
Estrategicamente, a China está investindo na compra de petróleo da Colômbia, Rússia e Brasil, ultrapassando US$ 40 bilhões de acordos somente nos últimos 60 dias. Eles estão explorando o mercado energético mundial, absorvendo conhecimento.
O mercado da China é gigantesco, conseguiu tirar na última década 400 milhões de pessoas da linha abaixo da pobreza para o consumo. Existem problemas naquele país, como a pobreza, que atinge mais de 700 milhões de pessoas, e o analfabetismo, que é da ordem de quase 10% da população, 116 milhões, de uma população de 1,3 bilhão. Mas investimentos em infraestrutura estão realizando a construção de metrôs em 15 cidades desde o ano passado e outras 11 no próximo ano, com projeção de construção de 28.000 quilômetros de trilhos. Ousado, mas estão realizando. Além da construção de estradas por toda a China, haverá a possibilidade de melhoria do escoamento das exportações, aumento da demanda de trabalho, elevação gradativa do poder de compra da população. Como consequência, há aumento da demanda interna de consumo.
O mercado chinês se espanta quando falamos de consumo de cimento, que já é, em volume, 55% de tudo que é fabricado no mundo e com forte sistema financeiro. O Banco Comercial e Industrial da China tem US$ 1,3 trilhões de dólares, o maior do mundo, à frente do JPMorgan Chase, o segundo. O povo da China tem como hábito a poupança, devido à falta de aposentadoria e rede de saúde pública e reverter estes costumes levará tempo.
A China era, até 2008, a segunda maior produtora de veículos do mundo, podendo desbancar o Japão neste ano.
A maior rota de exportações brasileiras é a China, a partir de março de 2009.
Ela é a maior detentora de reservas monetárias do mundo: US$ 1,95 trilhão de dólares (fonte: Banco do Povo da China), sendo US$ 1,4 trilhão de dólares em T-Bonds americanos, ou seja, uma das maiores financiadoras da economia dos EUA.
O governo chinês divulgou que pretende construir 29.000 hospitais e postos de saúde por todo o país até 2012; o Brasil tem 10% disto funcionando em todas as esferas, municipal, estadual e federal.
Nova estratégia chinesa é que sua moeda, yuans, seja aceita em transações comerciais pelo mundo; assim, ela impactará na economia global. Como podemos notar, a China está investindo para diminuir diferenças entre a população rural e urbana, cabe ao mundo olhar cada vez mais com respeito para a gigante da economia, a China.

Por Welinton dos Santos economista e psicopedagogo
Fonte: DM

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