O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou hoje que esteja havendo ingerência política na administração da Receita Federal, como afirmam 12 servidores do órgão que entregaram seus cargos ontem em protesto contra a demissão de integrantes do grupo da ex-secretária Lina Vieira. Ao ser questionado se haveria ingerência no órgão, Mantega respondeu: "Nada". E sobre as demissões, ele reagiu ironicamente: "Que demissões?"
O ex-coordenador de Estudos, Previsão e Análise da Receita, Marcelo Lettieri, que está entre o grupo demissionário, não quis comentar o assunto no momento em que chegava ao ministério. Ele disse que não dará entrevistas e que a sua manifestação é a que está escrita na carta encaminhada ontem à tarde ao Secretário da Receita, Otacílio Cartaxo.
O início do processo de demissão dos principais integrantes do grupo político da ex-secretária Lina Vieira provocou ontem uma rebelião no órgão. Seis superintendentes, cinco coordenadores de área e um subsecretário puseram seus cargos à disposição. Na carta, eles condenam o que chamam de “clara ruptura com a orientação e as diretrizes que pautavam a gestão anterior”. Lina falava em fiscalizar os “grandes contribuintes”, em vez dos “velhinhos e aposentados”.
Na semana passada, Lina reafirmou na Comissão e Constituição de Justiça declarações dadas à imprensa de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pediu para ela apressar a fiscalização do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A ministra nega a reunião e o pedido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agencia Estado - Renata Veríssimo
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